Não há dúvidas do quão recente é a existência humana quando comparada ao universo. Afinal, o universo é atemporal... Sempre existiu e sempre existirá! E, parece-me, a consciência humana da efemeridade existencial produz, inconcientemente, comportamentos psicológicos semelhantes aos verificados no transcurso do luto, ou seja, negação, raiva, barganha, depressão e aceitação não, necessariamente nessa ordem, em relação à imutabilidade dessa terminalidade existencial.
Como sabemos, a vida eterna sempre foi desejo do ser humano, o que pode ser capturado pelas ideias iniciais de sermos o centro do universo e pela convicção religiosa de formos feito à imagem e semelhança do Deus cultuado. Assim, a evolução científica sobretudo nas áreas da astronomia e da física tem produzido na humanidade um misto de negação, raiva, barganha, depressão e aceitação da realidade.
Assim, para aflição de alguns e deleite de outros, o vídeo abaixo apresenta as primeiras imagens geradas a partir da captação do mais recente telescópio espacial desenvolvido em cooperação - NASA, Agência Espacial Europeia, Agência Espacial Canadense. Seu nome, James Webb.
As imagens capturadas por este telescópio e por telescópios anteriores são deslumbrantes e devem servir para ratificar que o universo é infinito; que a nossa galáxia (Via Lactea) é apenas uma entre as incontáveis galáxias do universo; e que a terra é apenas mais um planeta entre os incontáveis planetas existentes no universo. O fato de a terra ser apenas mais um corpo celestial no universo não deve ser considerando depreciativo ou humilhante! A sensação de inferioridade porventura manifestada por alguém deverá ter como motivo o fato de historicamente ter-se construido a convicção de que a terra era o centro do universo.