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Postagem em Destaque.

Saúde não tem preço, mas tem custos; e o custo é alto!

Antes de discorrer sobre o tema proposto, parece oportuno problematizar em busca do entendimento acerca do que seriam "preço" e...

Ratos e Baratas…Tudo bem, vocês venceram!

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Ratos e baratas... Vocês venceram!
Que não se preocupe o leitor, pois não pretendo me aprofundar em reflexões antropológicas e sociológicas relativas ao processo de urbanização pelo qual passou e passa a sociedade humana. Mas preciso resgatar a informação de que as primeiras cidades surgiram há mais de 3.500 anos a.C., e que o processo de urbanização moderno se iniciou no século XVIII, em consequência da Revolução Industrial que teve palco na Europa. O registro se faz necessário apenas com o intuito tão somente de me conectar ao real propósito dessa postagem, qual seja o oportunismo de duas espécies animais em relação ao processo de urbanização do homem (Homo sapiens). Digo isso porque o rato (Rattus rattus) e as baratas, dentre elas a espécie Periplaneta americana, foram as espécies que mais se beneficiaram do processo de urbanização da sociedade humana. Eu diria até que esses animais, hoje considerados "Pragas Urbanas", são emblemáticos pois simbolizam com muita intensidade esse processo antropológico.
Ratazana alimentando ninhada.
Estima-se que a média mundial seja de 10 ratos para cada habitante. E a capacidade reprodutiva desse animal é assustadora: Cálculos do Departamento de Agricultura do Governo Americano estimam que um casal de ratos pode gerar, ao final do seu primeiro ano de vida, aproximadamente 20 milhões de descendentes. Como esse animal possui uma vida média de três anos, estamos falando em algo próximo a 359 milhões de descendentes. Os números são assim, gigantescos, porque a maturidade sexual desse animal é atingida aos três meses de idade. A fêmea pode ter até seis gestações por ano. A gestação dura em média 20 dias e cada ninhada produz aproximadamente doze filhotes.
As baratas não deixam por menos. São extremamente resistentes à adversidades e dotadas de alta capacidade de adaptação, pois conseguem viver em qualquer lugar que ofereça alimento e abrigo. O ciclo de vida varia de 160 a 1095 dias (depende da espécie) e uma fêmea chega a colocar em média 225 ovos.
Hoje, praticamente a metade da população humana vive nas cidades, e a tendência é de aumentar! Mas no começo tudo era bastante diferente. Totalmente refém dos ânimos da natureza e completamente vulnerável aos fatores edáficos e climáticos, a rotina do homem era ditada completamente pela oferta natural de alimento e alguma proteção.
Extremamente tolerantes, as baratas se adaptam facilmente.
Abreviando o nosso registro histórico em alguns mil anos, e chegando ao estágio de "sedentarização" do Homo sapiens, atingimos o cerne da questão: O homem agora fixa residência em território específico pois já conhece o fogo, domina técnicas de cultivo e de domestificação de animais. Mas o que tem isso a ver com ratos e baratas? Em tese, nada a ver! Mas, na prática, a mudança da condição humana de nômade para sedentário estabeleceu as condições ideais para a proliferação em larga escala desses animais, a ponto de atualmente serem considerados "Pragas Urbanas" e vetores de graves doenças infecto-contagiosas. A condição ideal estabelecida foi o acúmulo de resíduos orgânicos, sólidos e líquidos, resultantes das atividades humanas. A abundância de alimento produziu nesses animais uma mudança de comportamento e passaram a viver próximos dos aglomerados urbanos, pois percebiam que ali teriam abrigo e alimento em quantidade, sem precisar estabelecer qualquer disputa. A consequência natural da fartura de alimento entre os animais irracionais é o incremento reprodutivo, o que nesse caso é facilitado pela alta fertilidade e pelo ciclo biológico curto.
Acúmulo inadequado de resíduos orgânicos. As pragas agradecem!
O grande desafio da sociedade urbanizada atual é erradicar a população de ratos e baratas que infestam os centros urbanos. Várias são as tentativas utilizando-se raticidas e inseticidas, mas isso apenas seleciona indivíduos ainda mais resistentes, melhorando o perfil genético desses animais. Talvez a solução fosse o controle biológico, mas como fazer? Por exemplo, cobra e coruja se alimentam de ratos, mas estamos falando de ambiente urbano e não da selva. Escorpiões são devoradores naturais de baratas, mas devemos investir na população de escorpiões para eliminar as baratas?
Parece que não poderemos falar em eliminação, e sim em controle para níveis aceitáveis. Para isso será necessário investir na educação das pessoas, no sentido de que elas aprendam a lidar com os resíduos orgânicos que produzem. No mais é admitir que os ratos e as baratas são os grandes beneficiários do processo de urbanização do homem. Tudo bem, vocês venceram!


Contextualizando em Sociobiologia / Biossociologia.

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É com prazer que trago aos frequentadores desse site um texto bastante lúcido e esclarecedor do Prof. André Luiz Ribeiro Ferreira acerca da Sociobiologia / Biossociologia. Num primeiro momento, o som resultante da fusão dessas duas ciências (Ciências Sociais e Ciências Biológicas = Sociobiologia) pode até não ser agradável aos nossos ouvidos, mas devemos nos acostumar pois, embora tarde, a aproximação dos conhecimentos desses dois campos se configura inevitável, para entender e explicar muito do comportamento social humano. A seguir, o texto do Prof. André Ferreira:
Se nós olharmos os campos disciplinares como territórios, podemos dizer que os esforços interdisciplinares têm provocado transformações significativas no mapa das ciências sociais. Novos territórios têm sido construídos a partir de recombinações entre especialidades de disciplinas, principalmente com aquela que é considerada uma especialidade em franca expansão: a biologia evolutiva. Chamamos de abordagens biossociais as recombinações entre especialidades das ciências sociais e a biologia evolutiva. A história da sociologia nos mostra várias tentativas de diálogo com a biologia. Na década de 1920, sociólogos americanos darwinistas confrontavam-se com sociólogos de orientação radicalmente culturalista sobre a importância da biologia para se entender o comportamento social humano. No início da década de 1930, esse confronto havia arrefecido com o triunfo da perspectiva culturalista de Franz Boas e suas alunas Margareth Mead e Ruth Benedict. Um triunfo que foi muito mais ideológico do que científico, conforme nos mostrou Carl Degler em seu livro sobre a história do evolucionismo social. Razões ideológicas para recusar a explicação evolucionista não faltavam visto que ele se apresentava de maneira racista e sexista. Mas a explicação culturalista não se mostrou mais consistente que a perspectiva biossocial dos sociólogos darwinistas, apenas mais politicamente correta.
Nos anos 60, em função do grande avanço teórico experimentado pela biologia evolutiva, novas recombinações biossociais anunciavam a necessidade de introduzir a dimensão biológica para se entender o comportamento social humano. A repercussão dos trabalhos de primatólogos sobre o sistema social de primatas não-humanos e de etólogos sobre a evolução do comportamento social trouxe Darwin de volta para a teoria sociológica. Conforme atestamos na análise que fizemos de dois periódicos tradicionais de sociologia americana, o American Sociological Review e o American Journal of Sociology, são poucos, mas ilustrativos, os artigos e resenhas que desde os anos 60 reclamam da negligência dos sociólogos em relação a variável biológica e chamam atenção para as implicações sociológicas dos trabalhos de etólogos e primatólogos: “biólogos estão falando de sociologia”, alguns resenhistas afirmavam.
Se nos anos 1960 os sociólogos estavam tomando conhecimento dos avanços da ciência biológica, no começo dos anos 1970 as recombinações biossociais que, até então, tinham sido fundamentalmente construções a partir de especialidades da biologia em direção às ciências sociais, passam agora a ter também recombinações de especialidades das ciências sociais em direção à biologia evolutiva. Allan Mazur, Bruce Eckland, Pierre Van Den Berghe, Claude Fisher e Leon Robertson são alguns dos sociólogos envolvidos na tarefa de pensar uma abordagem biossocial, uma sociologia entre espécies, e de discutir as reflexões pioneiras, nesse sentido, dos antropólogos Lionel Tiger e Robin Fox, cujo diálogo com a etologia foi e ainda é duramente criticado.
Em meados da década de 1970, o diálogo incipiente entre a sociologia e as emergentes abordagens biossociais ganhou novos contornos pelo surgimento de uma nova e radical abordagem biossocial, a sociobiologia. O território sociobiológico pode ser demarcado pela aproximação entre os estudos etológicos, métodos da genética de populações e da teoria dos jogos e ecologia. Edward Wilson, autor da obra que representa o marco no surgimento dessa nova disciplina, Sociobiologia: a nova síntese, apresenta-a como uma explicação sistemática dos fundamentos biológicos dos comportamentos sociais. A sociobiologia enquanto abordagem biossocial pode ser vista como um esforço de síntese e de superação das barreiras entre as ciências naturais e as ciências sociais através de uma aproximação biológica dos comportamentos sociais dos animais e dos seres humanos.

Vista como uma tentativa suspeita de absorção das ciências sociais – sociologia e antropologia fundamentalmente - a sociobiologia enfrentou uma virulenta resistência nas ciências sociais. Na sociologia só fez reaparecer a biofobia dos sociólogos. Apenas três resenhas no American Journal of Sociology discutiram a proposta wilsoniana, que provocou amplas discussões na antropologia e psicologia. Mas ao longo dos anos oitenta um grupo de sociólogos começou a se interessar pela agenda de pesquisas aberta pela sociobiologia.Temáticas como a evolução da cooperação e fenômenos como incesto, crime, sexualidade adolescente e o diálogo entre as perspectivas sociológica e evolutiva das diferenças entre os sexos passaram a ter um tratamento biossocial. Ao longo dos anos oitenta e início dos anos noventa assistimos ao aparecimento de novas abordagens biossociais: a ecologia comportamental, a psiquiatria darwinista e a psicologia evolucionista, por exemplo. A agenda de pesquisas da psicologia evolucionista tem atraído alguns sociólogos. O foco dessa nova área de conhecimento é o estudo das características básicas das adaptações psicológicas humanas baseadas no conhecimento existente sobre evolução humana e modelos de pressões seletivas no curso do tempo evolutivo. As adaptações comportamentais e psicológicas que temos hoje foram selecionadas no nosso ambiente de adaptação evolutiva ancestral (AAE).
Os esforços biossociais de alguns sociólogos americanos criaram uma nova especialidade dentro do campo sociológico que vem sendo chamada de biossociologia. Alguns biossociólogos, como Allan Mazur, são declaradamente antievolucionistas enquanto Pierre Van Den Berghe, que no final dos anos setenta e início dos anos oitenta também fazia referências à biossociologia, era evolucionista e considerado um sociobiólogo por trabalhar com a agenda da sociobiologia. Esta diferença na “comunidade de biossociólogos” sugere que há mais resistências entre os sociólogos a uma perspectiva evolutiva do que a um diálogo com a biologia. Survey aplicado por Stephen Sanderson e Lee Ellis em membros da Associação Americana de Sociologia revelou que apenas 3,7% dos sociólogos americanos eram receptivos a sociobiologia e evolucionismo. Na interpretação de seus dados, os pesquisadores descobriram que os respondentes tinham uma visão fortemente antibiológica.
Embora a resistência dos sociólogos a um diálogo com a biologia persista, a criação da subseção Evolução e Sociologia na Associação Americana de Sociologia em 2004 constitui um acontecimento marcante na história da sociologia, pois tem como objetivo fundamental permitir que sociólogos possam legitimamente incorporar evolução e biologia em suas teorias e pesquisas. Talvez possamos dizer que o fato dessa seção ter hoje mais de 300 membros indica que uma nova etapa está sendo inaugurada no diálogo da sociologia com a ciência biológica. Parece que Darwin voltou para ficar.

André Luís Ribeiro Ferreira é graduado e doutor em sociologia pela Universidade de Brasília e professor de sociologia na Universidade Federal de Mato Grosso, campus de Cuiabá.



Incidentes de Biossegurança - Caso Nº 02.

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Uma tarde, trabalhando em uma bancada no laboratório, Jack notou que havia cometido um erro ao acrescentar 10 ml de ácido sulfúrico concentrado a uma mistura de 260 ml de anídrido acético e 130 ml de ácido acético. Ao se virar para jogar a mistura na pia, ele tropeçou em uma cadeira e derramou todo o conteúdo de uma vez. Imediatamente o ácido reagiu com a água que estava na pia e espirrou em seu corpo, queimando seus braços e o rosto.

Analisando esse caso é possível identificar diversos problemas na execução dessa tarefa pelo técnico Jack. A princípio, essa tarefa não deveria ser executada em uma bancada, e sim em uma Capela de Fumigação. Sendo assim, a ocorrência desse acidente nos possibilita indagar se o laboratório em questão possui protocolos técnicos. Um laboratório precisa possuir todos os procedimentos escritos e devidamente detalhados através de protocolos designados "POP" (Procedimento Operacional Padrão). O POP traz o passo-a-passo da execução do procedimento, de modo que a sua utilização, somada a atenção e concentração, reduz a possibilidade de erro e acidentes.Outra dúvida que temos é se os recipientes com as substâncias químicas estavam devidamente identificados. Nenhum recipiente contendo qualquer volume deve permanecer dentro do laboratório se não estiver com etiqueta de identificação, que pode ser a original ou preparada pelo próprio laboratório.

A disposição do mobiliário dentro do laboratório também deve ser feita atentando para a possibilidade de tropeços e esbarrões, pois é comum o trânsito de pessoas dentro do laboratório portanto algum material ou utensílio que pode conter algum produto perigoso se derramado ou liberado. Além disso, tropeçar em cadeiras, gavetas abertas, fios de telefone podem resultar em traumas físicos de gravidade variável.

Vale ressaltar que as substâncias manipuladas por Jack, à exceção do ácido acético, são extremamente perigosas pois são inflamáveis, corrosivas e podem causar danos às mucosas e queimaduras graves em qualquer parte do corpo. A inalação de vapores dessas substância produz irritação severa ao trato respiratório.


Homeostase - Quanto custa essa sintonia?

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Se me pedissem para escolher apenas uma palavra que sintetizasse a relação de interdependência entre os seres vivos e a natureza, eu diria "homeostase". Quando se conhece o princípio desse fenômeno bioquímico e biofísico chega-se à conclusão que, realmente, está tudo interligado em redes, compondo a complexa teia que sustenta a vida nesse planeta. Não importa se estamos falando em organismo unicelular ou pluricelular, muito menos qual a importância desse ente na cadeia trófica. O fato é que a interação com o ambiente é obrigatória, seja ela harmônica ou desarmônica, e o equilíbrio possível sempre será buscado. Portanto, a qualidade dessa interação determinará a forma como funcionarão os sistemas internos, resultando em mais ou menos saúde. Vamos tomar como exemplo o nosso sistema imunológico que tem a atribuição de defender o nosso organismo da invasão de organismo microscópicos e substâncias estranhas, dentre outras atribuições. Mas, se lhes parece que as bactérias virulentas, as gripes malignas, enfim, as enfermidades produzidas por micróbios são as mais perniciosas, você se surpreenderá quando souber que as pesquisas científicas caminham para a conclusão que os micróbios não são os inimigos mais temidos pelo organismo: Os pensamentos e as palavras de cada dia tem influencia direta sobre o desempenho do sistema imunológico e podem perturbar esse sistema, desencadeando efeito devastador sobre o organismo.
A explicação para isso está no sistema nervoso que, através dos seus componentes, a exemplo de um computador, dirige e regula todos os processo que ocorrem no corpo, produzindo o melhor equilíbrio (homeostase) possível. Através de informações captadas dos diversos sistemas de monitoramento - dentre os quais o sistema imunológico - o cérebro constantemente cria, automatiza, regula, equilibra e mantém o organismo no melhor nível possível de funcionamento a cada momento do dia.
Vista do crânio e face humano em corte sagital
Alguém poderia argumentar; o que tem a ver os pensamentos e as palavras com o desempenho de um sistema biológico? Digo que, internamente, os pensamentos são convertidos em substâncias químicas correspondentes, as quais funcionam como chaves que abrem compartimentos para atuação dos sentimentos. Quando o pensamento é concluído, o compartimento se fecha. Por exemplo, quando alguém vê a pessoa amada, essa sensação de satisfação que percorre o corpo não é outra coisa senão uma substância química. Ao ser excitado, sexualmente, o corpo produz e libera outro tipo de substância química. Quando nos sentimos ameaçados diante da iminência de um assalto e somos dominados pela vontade reagir, essa sensação também é mediada por substâncias químicas cuja elaboração teve a interferência de algum componente do sistema nervoso. As substâncias químicas (proteínas) que são elaboradas pelo organismo, tendo como motivação o  pensamento recebem a designação genérica de neuropeptídeos.
Linfócito
A biologia levou anos pesquisando este campo, e continua pesquisando, de modo que já sabemos que quando se tem um pensamento, o cérebro produz substâncias com ação no próprio organismo. E o que a pessoa sente é produzido em função da assimilação desses neuropeptídeos. Na verdade, já é de conhecimento da ciência - há muito tempo! -  que as células do sistema imunológico, assim como as dos demais sistemas, possuem regiões em suas membranas destinadas a interagir e permitir a passagem de substâncias entre os meios intracelular e extracelular. A novidade é que na membrana plasmática dos linfócitos - células que atuam na defesa do corpo contra o ataque de bactérias, fungos, vírus e demais parasitas - existe uma região específica de passagem para neuropeptídeos. Sendo assim, o que pensamos importa muito ao nosso sistema de defesa (sistema imunológico), de modo que o organismo inicia uma busca desesperada do equlíbrio capaz de satisfazer os nossos pensamentos.
Com isso, quero dizer que o cérebro só cria a doença que conhece e quem fornece ao cérebro as informações são os nossos pensamentos. O nosso temor em ter uma doença é o precursor da criação dela. Ou seja, a doença imaginada é materializada pela ação homeostática do próprio organismo. Afinal, somos os responsáveis pelos nossos sentimentos mais interiores e os nossos sentimentos soam como voz de comando para o sistema nervoso. As palavras podem desencadear efeito deletério sobre o organismo, podendo matá-lo em função da depressão produzida no sistema imunológico.
Na prática é mais ou menos assim: O sistema nervoso fica durante algum tempo escutando os nossos monólogos internos de raiva, mágoas, sobre as ofensas que escutamos, sobre o amor que negamos, etc. Essas mensagens são convertidas em sinais químicos (neuropeptídeos) que são lançados na corrente sanguínea e capturados pelo sistema imunológico. Considerando que a função do sistema imunológico é proteger o organismo de toda a sorte de agressão, em algum momento tem início a elaboração de uma resposta orgânica, que pode atingir qualquer órgão ou sistema orgânico, deixando-o fragilizado e mais vulnerável. A perturbação da ordem interna motivada pelos sentimentos que desencadeiam a produção de neuropeptídeos pode ser tão intensa, a ponto de produzir modificações celulares drásticas (neoplasias) no órgão alvo. No entanto, até mesmo a capacidade de resposta a uma agressão banal de um micróbio vulgar passa a ser uma tarefa extremamente difícil para o sistema imunológico que está ocupado em traduzir e produzir respostas que "julga" adequadas para atender aos comandos emanados dos pensamentos morbidos.
Em resumo, não há mais dúvidas; o sistema imunológico é fortemente influenciado e condicionada ao pensamento. E, na prática, a resposta é a busca do equilíbrio (homeostase), que tem um preço.


Incidentes de Biossegurança - Caso Nº 01.

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Sexta-feira à tarde no laboratório de para-influenza, Luisa terminou seu trabalho, pendurou seu jaleco e se preparou para descartar o resíduo biológico em um recipiente próprio. Ao se aproximar do recipiente, ela notou que estava cheio e que não caberia nenhum grama de lixo a mais. A tampa do recipiente estava no chão em frente à bancada. Luisa decidiu procurar outro recipiente, mas como não conseguiu achar nenhum, resolveu usar o recipiente já abarrotado. Luisa então colocou sua mão que estava protegida com luvas de látex em cima do saco de lixo e empurrou para conseguir algum espaço. Ao fazer a pressão para baixo, ela sentiu uma dor aguda em seu polegar esquerdo. Ao tirar sua mão de cima do lixo, o sangue imediatamente começou a escorrer pela sua luva. Luisa correu até a pia, lavou o dedo com água e sabão, notificou seu supervisor e foi até a Clínica, onde realizou uma assepsia no local  do ferimento e coletou amostra para investigação sorológica
Pergunta-se:
1 - Por que esse acidente aconteceu?
Uma sequência de falhas concorreram para que esse acidente ocorresse. Inicialmente é preciso dizer que o ato de descartar o resíduo é um procedimento que requer proteção e atenção. Sendo assim, Luisa não deveria ter retirado o jaleco (EPI) para descartar o resíduo, mantendo apenas as mãos calçadas em luvas. Recipientes de descarte de resíduos jamais devem ter o seu conteúdo compactado. Tão logo o recipiente atinja o limite de deposição este deve ser recolhido para uma área de acesso restrito, pois a compactação pode resultar em derramamento de líquidos contaminados que por ventura existam. Luisa, então, cometeu falha grave de biossegurança ao tentar compactar os sacos contidos no recipiente e, como se não bastasse, utilizando a mão protegida por luvas de látex.

2 - Quais os riscos da exposição sofrida por Luisa?
Luisa sofreu uma perfuração provavelmente produzida por agulha, lâmina ou outro material perfuro-cortante que estava recolhido ao recipiente de resíduos infectantes do laboratório. Instrumentos perfurantes e/ou cortantes, antes do descarte no saco adequado, precisam ser contidos em recipiente de paredes duras e com tampa. O instrumento que produziu o ferimento contuso na profissional poderia facilmente ter veiculado patógenos de virulências variáveis, desde esporos de fungos a bactérias, passando por vírus da AIDS, vírus de hepatite, sífilis, etc.

3 - Como esse acidente poderia ser evitado?
Luisa deveria saber que em hipótese alguma deve-se compactar sacos contendo resíduos infectantes. A obediência a essa regra seria suficiente para evitar o acidente sofrido por Luisa. Se Luisa conhecesse essa regra talvez fosse motivada a acionar a pessoa responsável pelo recolhimento do recipiente a um local adequado e seguro. Luisa precisa de treinamento.

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Mais informações podem ser buscadas em http://www.cdc.gov/herpesbvirus/


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