A ATUAL ESTRUTURA DE APOIO À PESQUISAS MUITAS VEZES LEVA A ESTUDOS IMPRODUTIVOS; MAS HÁ SOLUÇÃO!
No início deste ano, uma série de artigos divulgados em The Lancet relatou que 85% dos US$ 265 bilhões gastos anualmente em pesquisas médicas são desperdiçados. Isso não se deve a fraudes, embora seja verdade que retrações [de pesquisas] estejam em ascensão. O que ocorre é que com frequência excessiva não acontece absolutamente nada depois da publicação dos resultados iniciais de um estudo. Não há trabalhos de acompanhamento (follow-up) para replicar ou expandir uma descoberta, e ninguém aproveita os resultados para desenvolver novas tecnologias. O problema não é apenas o que acontece após a publicação — cientistas muitas vezes têm dificuldade de fazer as perguntas certas e traçar ou projetar seus estudos corretamente para respondê-las. Um número excessivo de estudos neurocientíficos testa objetos de estudo insuficientes para chegar a conclusões sólidas. Pesquisadores publicam artigos sobre centenas de tratamentos para doenças que funcionam em modelos animais, mas não em humanos. E empresas farmacêuticas são incapazes de reproduzir os alvos de drogas promissoras publicados pelas melhores instituições acadêmicas. Como seria de se esperar, o crescente reconhecimento de que algo deu errado no laboratório resultou em apelos para “mais pesquisas sobre pesquisas” (ou seja, meta-pesquisas), tentativas de encontrar protocolos que garantam que os estudos revisados por pares sejam, de fato, válidos.
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